O primeiro aninho - parte 1.


Se há dois anos ( maio de 2010) me dissessem, que eu seria mãe e uma mãe muito coruja, eu com certeza ia rir. Minha vida naquele momento era um caos, faculdade, trabalho em Shopping, ENESSO, viagens militância partido, morando longe dos meus pais e irmão, enfim muitas coisas. 
Em agosto eu desacelerei, sai da ENESSO, sai do Shopping, redirecionei  militância continua a morar fora ,mas tudo mas calmo, parece que a vida foi se ajeitando pro baque que viria ( sim foi um baque a principio).
No dia 23 de setembro de 2010 tive a confirmação de minha gravidez, desde o inicio eu sabia ser um menino, apesar de toda torcida do pai por ser uma menina, e dali em dia foi uma nova fase um novo mundo descobertas mudanças no corpo no humor, nas perspectivas de vida, resignificação dos planos, volta pra casa de meus pais.
Eu não casei , foi escolha, e muito acertada por sinal.
 Ao decorrer da gravidez o relacionamento cada dia mais ia pro espaço, e eu cada dia mais me entregava ao amor de minha vida Mártin ( Guerreiro, nome escolhido pelo Vovó Marilene).
E depois de muito choro, riso, medo, ansiedade, desespero, eu passei mal, foi uma madrugada toda passando mal às 6hs da manha já era impossível ficar na cama, levantei e comecei a andar pela casa, as contrações aumentava, medo junto, não era me da dor do parto ou coisa sim, mas um medo de pensar que dali pra frente existiria um serzinho que era total dependente de mim. Como assim? Eu que mal me responsabilizava por mim mesmo agora ia ser responsável por outro individuo, e as duvidas ... "vou saber cuidar?, eu vou ter leite? e quando tiver indo pra escola? quando começar  pirraça? a adolescência? os namoros?"
 Enfim eram muitas perguntas e  até hoje ainda são.
Fui pra maternidade as 10 e pouquinha dei entrada com 3  de dilatação ( quem me dera ser uma boa parideira dessa que a dilatação evolui rapinho) e pra chegar a 5 de dilatação já eram 18hs da tarde , 8hs em trabalho de parto ( isso sem contar as horas em casa) e surge a possibilidade da cesária. - ai entrei em desespero de medo do parto mesmo. Nunca fiquei internada a não ser pra ter o Mártin, quando pensei em passar por um processo cirúrgico pra ter meu filho não gostei - Ainda mais que tinha lido varias coisa sobre os benefícios  do parto normal e humanizado- se  eu tive outro filho sera parto humanizado- Enfim conseguimos chegar a nove de dilatação já pelas tantas da noite ... as por volta da 20:30 me levaram pra sala de parto, as 20:53 nasceu meu filho, quando o tiraram de dentro de mim chorei , chorei de felicidade
, quando o puseram no meu peito deitado ele olhou dentro dos meus olhos , nunca vi olhar tão puro, profundo e verdadeiro, e ele ouviu meu coração eu sorri pra ele e disse que o amava ele continuou a me olhar como se entendesse tudo que se passava. ( TO BE CONTINUE..)

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